Somos especialistas em controlo e inspecção de térmitas!
Térmita
As térmitas são insectos socialmente organizados, com diferenças marcadas entre as
suas classes sociais, conhecidas como castas. Constroem os ninhos em madeira ou no
solo. A celulose, composto que têm capacidade para digerir, é a sua principal fonte
alimentar, pelo que atacam a madeira e o papel.
As térmitas desenvolvem-se através de uma metamorfose gradual, passando por fases
de ovo, diversas fases ninfais e adultos das diferentes castas (obreiras, soldados,
castas reprodutoras primárias e secundárias).
As térmitas preferem locais de humidade elevada já que se desidratam rapidamente
quando expostas ao ar seco. Assim, quando procuram um local para construir um
movo ninho têm em consideração o facto de ser um esconderijo, de fornecer um
ambiente húmido e de proteger os insectos dos seus inimigos naturais.
Operador autorizado
Térmitas subterrâneas
As térmitas subterrâneas (Reticulitermes e Coptotermes sp) provocam diversos danos
nas estruturas dos edifícios, postes e mesmo plantas vivas. Os ninhos são
subterrâneos em locais onde encontram a humidade desejada.
Constroem túneis verticais que se assemelham a tubos de barro e que são utilizados
para transportar os alimentos e para proteger os insectos. As formas aladas atingem
um comprimento de cerca de 1.5 cm, as obreiras e soldados de 1 cm. As térmitas tem
necessidade de condições ambientais específicas para que se possam desenvolver. A
sua subsistência exige um grau de humidade elevado já que se desidratam facilmente
quando expostas ao ar seco.
As térmitas subterrâneas têm uma resposta negativa marcada à luz e uma preferência
por ambientes quentes e húmidos e as colónias estabelecem-se profundamente no
solo onde encontram a humidade necessária. Têm necessidade de estar em contacto
com o solo para poder sobreviver.
Em termos de alimentação as térmitas subterrâneas preferem madeira que se
encontre em putrefacção. Atacam assim o material vegetal morto, e também o papel e
a madeira em contacto com o solo. Não atacam árvores vivas.
As vias de penetração das térmitas nos edifícios são diversas, qualquer pequena fenda
é suficiente para que se inicie a invasão na busca do alimento adequado. Constroem
galerias à procura de alimento. O seu movimento constante constitui um entrave à
luta contra esta praga, a única forma é a colocação de um entrave químico à sua
propagação.
Inspecção de térmitas subterrâneas
Quando se suspeita de uma infestação por térmitas o profissional de controlo de
pragas deve diagnosticar se a praga está ou não presente.
A presença de um enxame e de asas soltas, bem como a visualização de túneis de
barro verticais junto das paredes exteriores e interiores são indicadoras de uma
infestação por térmitas.
As térmitas perfuram a madeira deixando uma camada superficial delgada que cobre
as cavidades internas. Quando aquela camada se parte elas cobrem a comunicação
com o exterior com um material semelhante ao utilizado na construção dos túneis
(mistura de fezes, terra e saliva) e que tem a aparência de barro.
Os buracos produzidos pelas térmitas podem ser detectados golpeando a madeira e
escutando o som produzido pelos golpes ou mesmo pelos soldados localizados no
interior. Os túneis velhos/abandonados são frágeis e secos enquanto que os novos
têm um aspecto mais húmido.
Térmitas não subterrâneas
As térmitas não subterrâneas dividem-se em térmitas da madeira seca, térmitas da
madeira húmida e térmitas pulverizadoras.
As térmitas da madeira seca geralmente alimentam-se e constroem o seu ninho na
madeira seca com um baixo teor de humidade. Não têm necessidade de nenhum
contacto com o solo para viver, contrariamente ao que acontece com as térmitas
subterrâneas. Podem provocar danos sérios em móveis de madeira.
As térmitas entram na madeira através de uma greta ou fenda, ou na união entre duas
peças ou no espaço por baixo de papel que se encontre a cobrir a madeira. Um macho
e uma fêmea introduzem-se na madeira que escolhem como ninho e selam a entrada
circular com cerca de 3 mm, escavando por trás desta uma câmara onde as rainha põe
os primeiros ovos. As ninfas que emergem destes ovos fazem o trabalho da colónia e
transformam-se depois em soldados e em reprodutores.
Não há uma casta de obreiras definida. Durante a época de enxame as ninfas fazem
orifícios redondos através dos quais saem os reprodutores. Em seguida os orifícios são
tapados tal como o de entrada. Na madeira estas térmitas escavam grandes câmaras
que comunicam entre si por pequenos túneis, estruturas que mantêm limpas.
As cápsulas de excreção são uma das formas de distinguir estas térmitas – são duras e
apresentam seis superfícies côncavas laterais, apenas as extremidades são redondas
enquanto as de alguns escaravelhos que afectam a madeira e que também expelem
as cápsulas do local onde vivem têm as superfícies convexas.
As térmitas da madeira húmida incluem algumas térmitas de maior tamanho. As
térmitas da madeira húmida não necessitam de qualquer contacto com o solo mas
necessitam de madeira com um grau elevado de humidade. Normalmente encontram-
se associadas a madeiras em decomposição.
Escavam grandes galerias tal como as térmitas da madeira seca, mas não as mantêm
limpas. As cápsulas são assim encontradas ao longo dos túneis presentes nas
madeiras infestadas.
As térmitas pulverizadoras vivem na madeira seca. Entram na madeira e escavam
galerias tal como as térmitas da madeira seca. No entanto estas galerias não estão
limpas, encontra-se nelas o pó em que transformam a madeira.
São muito mais pequenas que as térmitas da madeira seca e as cápsulas fecais são
também mais pequenas.
Controlo de térmitas não subterrâneas
O tratamento das térmitas não subterrâneas consiste na fumigação da estrutura
(grandes infestações) ou no tratamento da madeira (infestações localizadas). As fumigações são procedimentos muito especializados que só devem ser realizados por
profissionais.
O tratamento da madeira consiste basicamente em furar as madeiras infestadas até às
galerias escavadas pelas térmitas e forçar o insecticida para que se disperse através
das galerias ou em utilizar um equipamento que permita injectar um fumigante nas
galerias. Em infestações limitadas utilizam-se geralmente pós ou aerossóis. Depois da
colocação do insecticida os orifícios devem ser tapados.